desenvolvidas dentro das estratégias
de comunicação no ambiente organizacional reflete tanto no resultado de
ações da alta gerência, quanto do corpo funcional, bem como no mercado em
que a empresa atua.
Comunicar não é, apenas, repassar informações,
mas também difundir e trocar ideias. É fundamental que a gestão da
comunicação entenda as características dos seus parceiros e este
conhecimento se dá por diálogo, consultas e parcerias, que são iniciativas
de engajamento focado no relacionamento.
O alinhamento na comunicação com as partes
interessadas deve estar incorporado na agenda das organizações que
promovem e divulgam seus resultados. Este alinhamento é sustentado pelas
estratégias e tecnologias de comunicação.
Com a interatividade e integração alcançadas
pelas plataformas digitais, todos, de algum modo, em maior ou menor peso,
passam a ter influência e interferência no processo de comunicação.
As transformações constantes ocorridas no campo
sociopolítico e econômico, além das inovações tecnológicas vem alterando
os fundamentos e processos da comunicação empresarial.
Todos entendemos e concordamos que as mídias
sociais oferecem caminhos e ferramentas para inovações estratégicas e
táticas nos processos de comunicação. Entender como utilizar estes novos
canais e práticas comunicativas, seja no ambiente interno ou externo da
organização, deve ser visto como o princípio da estratégia que visa
posicionar e fortalecer a imagem da empresa assim como vender produtos ou
serviços.
Ainda que haja o consenso de que a comunicação
digital tem que fazer parte do projeto de comunicação organizacional, é
importante pensar nesses canais de forma estruturada, planejada e com
objetivos e métricas bem definidos, incluindo a análise eficiente do
enorme volume de informações encontradas nas comunicações digitais.
As plataformas de comunicação digital, no
ambiente corporativo, vão muito além de postar, curtir, trocar mensagens
ou simplesmente informar. Nada passa despercebido. Sempre haverá alguém
que teve acesso a informação ou vivenciou um momento relevante na rede.
Enviar e receber informações de forma
instantânea, acessando a qualquer momento, de praticamente qualquer
dispositivo com conexão à internet são elementos de um modelo de
comunicação que abre um horizonte virtualmente ilimitado de oportunidades,
mas que também, com a mesma velocidade, tem o poder de colocar em risco a
imagem da organização, de destruir um projeto, de implodir metas e
comprometer resultados.
O aumento do consumo também é fruto da era
digital. A responsabilidade e o bom senso, aliados a processos, técnicas e
estratégias de comunicação são fundamentais para o sucesso da corporação,
que precisa estar em evidência, aparecer no momento chave da busca pelo
cliente, participar do cotidiano digital de seu colaborador, facilitar
negociações e criar possibilidades.
O sucesso do design comportamental vem com a
aplicação dos conhecimentos científicos da Psicologia e da Economia
Comportamental, que permitem identificar não só os problemas
comportamentais mas também suas origens e vieses cognitivos relacionados.
Muitos dos problemas operacionais que as
organizações enfrentam são, na verdade, reflexos dos vieses cognitivos dos
envolvidos no contexto. Nos processos de comunicação não é diferente.
Faz todo sentido que estratégias e ações de
Economia Comportamental que buscam favorecer e facilitar as melhores
opções e decisões, atuando na arquitetura de escolha, também estejam
presentes na forma de comunicação digital das organizações.
Os dispositivos móveis, conexão em tempo
integral, plataformas de redes sociais digitais, blogs, websites, e-mail,
canais de vídeos, além de aplicações proprietárias (sistemas internos,
sistemas de CRM e ERP, canal interno de TV e/ou rádio, etc) formam um
ambiente pronto para implantar modelos capazes de incentivar
comportamentos que beneficiem a organização.
Um design comportamental formatado para a
comunicação deve ter uma instrução que atue como chamada para ação (call
to action), de modo a indicar o próximo passo, com objetivo de
melhorar os resultados das escolhas, por estímulos e modificações no
contexto, utilizando ou corrigindo vieses cognitivos.
Os exemplos abaixo propõem algumas ações
(botões/links) que podem ser associadas a um viés comportamental.
As interfaces sempre orientarão as pessoas em
certas direções (dependendo de como a informação é apresentada). Ao não
apresentar escolhas de forma neutra, os projetistas das estratégias
comportamentais desenhadas em uma ação de comunicação digital devem,
claramente, entender a diferença entre uma ação que obrigue o usuário para
determinada escolha ou outra que maximize a opção por uma melhor decisão
(mantendo o livre arbítrio). É fundamental entender as consequências e
efeitos ao influenciar escolhas.
Antes de qualquer esforço em modelar uma
estratégia de solução baseada em Economia Comportamental é preciso
entender que nem todos os problemas podem ser resolvidos simplesmente
alterando o comportamento dos envolvidos. É necessário identificar se o
comportamento está na origem do problema (por exemplo, podemos ter um
problema causado por fator tecnológico e não por comportamento).
É importante integrar e assegurar consistência da
comunicação nos seus modelos de trabalho nos canais digitais. A falta de
compreensão e conhecimento de Economia Comportamental, de modo geral, leva
a modelos mal construídos e a estratégias que não se mostram realmente
eficientes, principalmente para o novo consumidor da informação, o “nativo
digital”.
Dinamismo e agilidade não significa, por si só,
qualidade e credibilidade da informação. Deve haver sempre a preocupação
com a relevância das informações publicadas pois estarão diretamente
relacionadas a reputação da organização, (que também é formada por meio
das informações que se disponibiliza nos canais digitais).
Conceitualmente, é passar da ideia “informar e
controlar” para “interagir e influenciar”.